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O protagonismo do Polo Industrial de Manaus na Nova Política Industrial

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A Nova Indústria Brasil representa, a nosso ver, uma oportunidade sem precedentes para o Polo Industrial de Manaus, pois enfrentará suas travas históricas de infraestrutura e buscará uma maior diversificação industrial. O PIM segue na vanguarda de uma transformação que pode redefinir seu papel na economia brasileira

Por Luiz Augusto Barreto Rocha
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Em meio a um cenário de transformações econômicas e industriais, o governo brasileiro lançou a Nova Indústria Brasil (NIB), uma mudança ambiciosa, com o objetivo de revitalizar o setor produtivo nacional até 2033, com foco em sustentabilidade e inovação. Inicialmente destacamos que o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) foi a entidade amazonense da indústria a participar ativamente desta construção, onde conselheiros e líderes industriais puderam expor suas opiniões e contribuir, dentro de perspectivas amazônicas.
 
É importante identificarmos os reflexos e oportunidades dessa nova política no Polo Industrial de Manaus (PIM), destacando os desafios da infraestrutura competitiva, o papel estratégico do polo como o terceiro maior volume de plantas industriais do país, bem como a regulamentação da reforma tributária, para que possamos assegurar os diferenciais competitivos da indústria da Zona Franca de Manaus.
 
A NIB promete injetar R$ 300 bilhões em financiamentos para impulsionar o desenvolvimento industrial do Brasil, com uma parte significativa destes recursos possivelmente beneficiando o PIM, a depender da mobilização dos atores e da bancada parlamentar de nossa região.

Foto divulgação

Com metas claras em áreas como bioeconomia, saúde, transição energética, descarbonização e defesa, a nova política pode oferecer ao PIM uma grande oportunidade de incremento, diversificação e modernização de sua base industrial. Importante acentuar que será necessário ao setor produtivo exercitar o protagonismo e sua capacidade de articulação para conseguir assegurar seus propósitos e demandas.
 
Um dos maiores desafios para o PIM e possibilidades de saídas no contexto NIB é a necessidade crítica de uma infraestrutura de transportes competitiva. Historicamente, o polo tem enfrentado dificuldades em termos de conectividade e eficiência logística, limitando seu acesso aos mercados e aumentando os custos operacionais. A NIB, com seu enfoque em melhorias de infraestrutura, apresenta uma oportunidade para superar essas barreiras, especialmente com a perspectiva de investimentos em transportes e logística.


 
A nova política industrial propõe um cenário promissor para a diversificação do PIM, especialmente com a bioeconomia, da indústria de saúde e da indústria de defesa. Isso está alinhado com o potencial único da região amazônica em termos de biodiversidade, abrindo caminhos para o desenvolvimento de biotecnologias e bioenergias. Além disso, a ênfase na transição energética e descarbonização pode transformar o PIM em um líder de práticas industriais sustentáveis.

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Como a terceira maior base industrial do Brasil, o PIM desempenha um papel estratégico na economia nacional. A implementação bem-sucedida da NIB no PIM fortalecerá sua posição como um centro industrial de relevância e contribuirá significativamente para o objetivo maior de reverter a desindustrialização precoce do país e aumentar a competitividade brasileira no cenário global, fazendo clara que a vocação da Amazônia é também industrial.
 
A Nova Indústria Brasil representa, a nosso ver, uma oportunidade sem precedentes para o Polo Industrial de Manaus, pois enfrentará suas travas históricas de infraestrutura e buscará uma maior diversificação industrial. O PIM segue na vanguarda de uma transformação que pode redefinir seu papel na economia brasileira. Com investimentos estratégicos e um enfoque em inovação e sustentabilidade, o futuro do PIM, na perspectiva da NIB, é inegavelmente promissor, podendo marcar o início de uma nova era de desenvolvimento industrial na Amazônia e no Brasil.

Luiz Augusto Barreto Rocha é advogado, CEO das empresas BDS Confecções e Fio de Água, Lavanderias, é presidente do Conselho Superior do CIEAM, conselheiro da Abit e da UEA. 

*O artigo foi publicado em Diário Indústria & Comércio


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